Caso o Senado confirme a condenação de Dilma Rousseff no processo de impeachment, Michel Temer tomará posse como presidente da República em uma sessão solene do Congresso Nacional prevista para a tarde de quarta-feira. Em conversas reservadas, o peemedebista sinalizou a aliados que prefere uma cerimônia sóbria e rápida.
O roteiro idealizado tem como base o rito adotado há 24 anos, quando Itamar Franco assumiu em definitivo o governo no lugar de Fernando Collor. Nesse caso, a sessão do Congresso foi convocada três horas e meia depois da leitura da carta na qual Collor renunciou. Em um ato célere, Itamar foi empossado sem discursos.
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Tanto no Senado quanto no Planalto o roteiro da posse de Temer é um assunto evitado por parlamentares e auxiliares do peemedebista, diante da necessidade de efetivar a cassação de Dilma. No entanto, o cerimonial já é discutido nos bastidores. Na terça-feira, seguranças do Senado foram avisados que teriam de estar prontos para trabalhar na posse na tarde de quarta-feira.
Pelo rito encaminhado em caso de afastamento definitivo de Dilma, ela e Temer serão notificados do resultado do julgamento. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também preside o Congresso, convocará deputados e senadores para uma sessão solene, poucas horas depois do desfecho da votação.
Ao chegar ao Congresso, Temer deve ser encaminhado para uma sala reservada da presidência do Senado. Aguardará ali a abertura da sessão, até ser buscado por líderes partidários. Conduzido pelo parlamentares, passará pelos salões Azul e Verde, entrará no plenário da Câmara e subirá até a mesa. Ao lado de Renan, prestará o juramento constitucional. Após, será lido seu termo de posse.
Se o peemedebista entender necessário, poderá fazer um discurso, no entanto, seus aliados acreditam que a primeira manifestação será um pronunciamento em cadeia de rádio e TV à noite. Assessores do Planalto estimam que a cerimônia de posse deve durar meia hora. Logo depois, Temer terá uma reunião ministerial, na qual dará as diretrizes de seu governo. Em seguida, ele embarca para a China, onde participará no fim de semana da reunião do G-20.
